Fatos e Relatos
Por diversos e variados motivos, muitas vezes eu e duas grandes amigas ficamos afastadas. Nunca por briga, somente condições da vida mesmo. Quando estamos juntas, geralmente ficamos uma na casa da outra e dura em média duas semanas. Sempre fazemos besteiras, como em um dia que meu pai acordou de madrugada para pegar água e nos encontrou na sala, uma embaixo da mesa, outra de uma cadeira de balanço e eu enrolada em uns bancos que tem no bar. Nós três estávamos completamente sóbrias, brincando de gincana com uns vinte anos no mínimo. Ele simplesmente nos observou por algum tempo, então deu boa noite e foi dormir.
Desta vez era de madrugada e estávamos cogitando assaltar o bar do meu pai. Nenhuma de nós era menor de idade, mas mesmo assim queríamos ser discretas, muitas vezes faz parte do charme. Meu irmão também participava (não que fosse tão raro) e estávamos espalhados pela área da sala próxima a fonte de bebidas, contando casos e rindo muito, como sempre. Eu fui fazer uma demonstração e durante minha performance, pisei em uma tábua que estava meio solta, a qual emitiu um ruído peculiar.
Desta vez era de madrugada e estávamos cogitando assaltar o bar do meu pai. Nenhuma de nós era menor de idade, mas mesmo assim queríamos ser discretas, muitas vezes faz parte do charme. Meu irmão também participava (não que fosse tão raro) e estávamos espalhados pela área da sala próxima a fonte de bebidas, contando casos e rindo muito, como sempre. Eu fui fazer uma demonstração e durante minha performance, pisei em uma tábua que estava meio solta, a qual emitiu um ruído peculiar.
Uma das meninas arregalou os olhos e falou assustada:
- Que barulho foi esse?!
Ela não é particularmente corajosa, contudo a sala da minha casa à noite e o famigerado corredor em 'L' sempre acrescentam um clima, ainda mais no escuro.
- Foi a tábua - expliquei, meio que pulando no lugar tentando achar o ponto.
- Ai, graças a deus. Eu achei que tivesse um tailandês vindo pelo corredor.
Não preciso dizer que a gargalhada rendeu. Não sei se é meu círculo de pessoas, mas eu realmente admiro a criatividade do pessoal. Não perguntamos o por que de um tailandês, até porque o som parecia aquela batidinha tipicamente oriental (não que justifique um deles, ainda mais de tamanco, vindo pelo meu corredor). Era época de filmes como 'O Grito' e 'O Chamado' que também puxam o terror mais para a terra do sol nascente e eu já expliquei que imaginação não é um problema conosco. Só deixamos o riso fluir, convencidos a seguir com nossos planos de furto.
Sabe, quando vendemos nosso apartamento, eu fiquei um tempão 'fazendo' o tailandês, rindo sozinha.
hahahaha, os assaltos ao bar do seu pai eram ótimos!! assim como nossas yogas na madrugada. bom momentos, boas risadas.
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